Alguns filmes...
“Não se iluda, simpatia nunca foi sinônimo de retidão e retidão nunca foi sinônimo de simpatia”. - Ivan Teorilang
Há tempos que eu não entro pelo cano.
Não computo nem perdas nem danos.
Ando levando uma vida maneira.
Sorrindo por qualquer besteira.
Eu to me achando simpático!
Pacífico...
Não sou mais eu que decido quando eu fico;
Qualquer conversa fiada, eu já to, dando risada.
Eu sou o rei da piada sem graça.
Eu to me achando simpático!
Solícito...
Eu to pedindo, por favor, com licença.
Já não sei se é alguma doença...
Mas to me achando simpático...
Eu to me achando simpático...
Eu passo o dia assoviando...
Será que to mudando?
Eu to me achando simpático!
Insuportavelmente simpático.
Vergonhosamente simpático.
Eu to simpático.
Simpático.
Apático.
Insuportável.
Eu to Simpático.
Antecipação
Eu sofro por antecipação.
Espero a morte certeira quando nem ela mesma está pensando nisso.
Espero a juventude acabar na sua flor, ela se cansa de mim e diz que vai descansar para não ficar velha antes da hora.
Tenho rugas de preocupação desde os 15 anos, só de me preocupar com a velhice.
Mentira, não é ela que me preocupa, que me faz sofrer, revirar na cama e reviver o mau humor.
É o fim.
O fim de mim, o fim da árvore no jardim, do cachorro idoso que late na esquina, o fim do dia e o ano novo que vem aí. E se ele não chegar para mim?
Sofro, pois essa doença de ser apegada nas coisas se apega fácil nas pessoas de coração fraco e nome de flor.
Sou apegada ao tempo que corre e eu não alcanço, sou apegada no conforto da poltrona que talvez amanhã não esteja aqui.
Apego-me a minha imagem formosa dos vinte anos, a minha irresponsabilidade da falta de juízo e da paz das tardes de domingo.
Sofro, pois entendo do fim mais do que ninguém.
Sinto o sol morrer no horizonte e por ele me encho de melancolia, pobre, ninguém se importa com sua morte diária. Ninguém percebe que junto do sol vai também meio dia de vida própria, que o poente nos empurra dentro do buraco negro do fim?
Sofro o correr das horas, gostava tantos dos minutos que a pouco foram meus!
E não espero pelo amanhã como se fosse uma promessa, pois veja bem, do que adianta amá-lo e nele depositar minhas esperanças se em breve ele também será devorado pela morte, pelo encerramento, pela inexistência?
Sofro por antecipação da dor.
Essa é a única que parece não encontrar uma cova para se enterrar dentro de mim.
G.
"O poder é o afrodisíaco mais forte." (Henry Kissinger)
Acho que o primeiro ponto a ser elucidado é o de que a gordelícia não usava um MICRO-vestido, sejamos honestos, nas imagens em que ela está sentada o vestido fica pouco acima do joelho. Quem chama isso de micro vestido ou tem mais de 60 anos ou nunca viu fotos de um baile funk.
A televisão, os jornais e o senso comum de maneira geral tem tratado o caso com muito eufemismo no que tange o foco do problema, afinal é muito mais fácil atribuir a culpa a garota e aos hormônios dos alunos que atiçados pelas provocantes pernas da moça começaram um efeito cascata que fugiu ao controle (vide Gustave Lê Bom). Assim resumimos a culpa aos hormônios e a garota, uma postura fácil de ser mantida, onde é só expulsar a garota e dizer pra mídia que foi algo incontrolável, sem alimentar desavenças com os poderosos políticos por trás da uni-esquina que mais cresce no país.
O senso comum insiste em analizar o fato pelo viés do sexo e se fecham para o real foco do problema, a péssima qualidade da universidade e uma relação de poder travestida. Vamos aos fatos, a garota já havia freqüentado a faculdade com a mesma roupa anteriormente e nada havia acontecido, o que podemos ver ali é a imagem de uma garota pronta pra balada sendo naquele ambiente “algo diferente” um “fetiche”, e um fator que se torna crucial para entender toda a bagunça é o que acontecia ali na verdade, como acontece todas as sextas-feira em instituições de ensino mequetrefes como aquela, os alunos estavam vadiando, matando aula sem nenhum tipo de controle.
Quando acontecerem as primeiras provocações à atitude esperada pelos “baderneiros” é a mais comum, que a garota começasse a chorar e saísse envergonhada decretando a vitória dos primeiros, mas ao enfrentar altiva e inabalável a provocação do grupo de baderneiros, ficou expressa ali uma relação de poder que provocou a ira dos presentes, a mesma ira que leva a linchamentos e abusos frequentemente vistos nos programas sensacionalistas.
O próprio advogado da universidade disse que a garota fora punida pela sua petulância, mas penso que o principal ponto a ser pensado é a péssima qualidade da instituição de ensino, afinal, se estivéssemos em uma instituilção séria, sem dúvida isso não tomaria uma proporção como essa, e aliás, a punição caberia aos arruaceiros e não a garota.
Cabe dizer também que não me proponho a defender a garota, nem a cegar-me ao fato que ela tenta de todas as formas chamar atenção, mas essa é uma discussão que fica em segundo plano, afinal ela só foi capaz disso, se valendo da fragilidade da universidade em questão, que também não é única no triste quadro educacional do país.
"Deus deve amar os homens medíocres. Fez vários deles" - Abraham Lincoln
Essa discussão de gênero é sempre interessante, cada um põe seus conceitos e pré-conceitos a tona, e vou por os meus, tem uma frase do ilustre Carlos Drummond de Andrade que diz: "Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer.". Alguém tem alguma dúvida que isso é verdade?
A minha dileta e inflamada companheira de blog, foram bons seus argumentos, mas vamos olhar a coisa por um outro prisma, sabe porque nós homem somos "porcos, frios e egoístas"? Porque quando somos meigos, sentimentais e altruístas nós não servimos pra vocês.
Nós homens temos sentimentos, crescemos vendo vocÊs mulheres amadurecerem primeiro, e em seus belos corpos, convites ao pecado, procuramos formas de nos perder.
Normalmente, para caras com relação familiar mais forte e tradicional como eu, aprendemos em casa a respeitar as mulheres, aprendemos que mulher nunca anda do lado de fora da calçada, entre várias outras "tradições" e achamos que essas gentilezas agradariam a todas. Mas quando chegamos a "Selva" que é a relação interpessoal na escola / faculdade, percebemos que isso de nada serve e pelo contrário, te faz ser taxado de atrasado, babaca, besta e por aí vai.
Quantos adolescentes procuraram a via do respeito com as meninas e se viram trocados pelo marrento da turma, pelo transgressor, pelo "fortinho" e burro da academia, pelo safado, e diante disso, com o tempo vai se deixando essa "aura" de que mulher tem de ser compreendida e respeitada e se aderindo a idéia que mulher é "pra comer" afinal é assim que vocÊs se mostram, pelo menos boa parte de vocês.
Se vocês querem ser respeitadas e querem um homem de verdade, por que razão passam a vida toda correndo atrás de quem não o faz? ou agindo como verdadeiras insenssíveis correndo atrás de prazer puro e barato. se vendendo como péssimos produtos em belas embalagens?
a física já nos mostra, "a cada ação´há uma reação igual mas no sentido oposto" então se vocÊs passam boa parte da vida se vendendo como objetos e quando se cansam dessa vida esperam que simplesmente nós vamos passar a olhar vocÊs de forma diferente estão abissalmente enganadas.
pra encerrar, que me perdoem as mulheres que se ofenderam, não sou um machista idiota, mas entendo que o que escrevi se aplica a uma boa parte das mulheres que vejo hoje em dia, mas óbvio, existem exceções (e cada mulher que ler isso irá dizer, eu sou uma exceção e isso é o que importa).
Augusto Simionato
Réplica ao Carlo, sobre mulheres e homens
Feriadão...
Hoje vou “estrear” aqui no blog, finalmente! e pior, com um post sério. Até meio “bicha” haha, como diria um amigo meu que não curte muito internet, aliás, a única coisa que ele entende de PC é entrar no Orkut para ficar enchendo o saco das negas bonitas. É a vida, né?
Para variar, começo esse desabafo, no final é isso mesmo, não tive coragem de falar para ninguém que eu conheço, nem para a Vicky que é minha amigona e sei que me entenderia, dizendo que tudo começou em uma noite normal. Lá estava eu na balada, curtindo o feriadão, de boa, sabe, apenas entretido numa bandinha lá e na conversa com os camaradas. Mulher bonita é que não faltava, mas parece que nenhuma estava muito interessada na minha sossegada pessoa. Tá, aí ela passou. E o que me chamou atenção não foi a beleza, porque nem super gata ela era (!!!). Muito menos o cabelo vermelho, eu curto mais é uma loira, perdoem-me o restante das mulheres... Mas o jeito que ela me olhava. Passou uma, passou duas, na terceira eu já estava encarando, não que ela tivesse despertado meu desejo, tá, ela era bem boazinha até, mas não era isso. Já disse, era o jeito com ela me olhava, não era aquele jeito típico, malandro, que a mina joga para você quando está afim e você besta, não sacou que ela está ali por perto, não, era um olhar profundo, curioso! É, era essa mesma a palavra que eu queria, curiosidade! Uma curiosidade instigante, misturada com um sorriso tímido de quem não gostou de ser notada. Quando dei por mim, a curiosa já tinha desaparecido no meio do povão com as amigas. E pior, quando olhei pro copo, dei de cara com uma terrível notícia: estava vazio.
Fui pro bar, estava lotado e o garçom estava xavecando a mina mais bizarra do universo. Esperei uma cara ali, até o desgramado lembrar que estava trabalhando e que não custava nada vir me atender. Quando completava o tanque com cerveja, é, eu estava de boa e principalmente pobre, senti alguém chegando do meu lado. É, leitor, não é que era a ruiva? Eu sorri para ela quase que sem pensar, ela devolveu o sorriso. E daí, corajosa com o rosto inteirinho vermelho, puxou um papo de ponto de ônibus, é, tá lotado aqui hoje, né? Taí, gostei dela.
Acabamos ficando, depois de conversas divertidas e naquela noite me deu a louca de chamá-la pra vir aqui pro Esconderijo. Resistiu um pouco, desconversou, mas sabia que ela era curiosa demais para não aceitar meu convite. Repito: curiosa, não atirada! Não que eu estivesse louco de desejo nem nada, mas eu queria a companhia dela e foi meio que espontâneo, como o sorriso que dei quando ela chegou do meu lado no bar. Lá fomos nós e o que rolou não vou ficar falando, afinal, nos deixaria bem constrangidos, com nós eu digo eu e você que está lendo. Mas foi bom e não foi só disso que eu estou falando. Conversamos, zuamos, demos muitas risadas, foi uma noite e tanto!
De manhã, digo, lá pelas onze, quando consegui abrir os olhos no doming, ela estava enrolada que nem uma panqueca de frango no meu edredom, parecia dormir bem de leve. Ali, muitas coisas passaram pela minha cabeça e a acordei para um segundo round merecido. Depois, abri a porta e a deixei ir, sem pedir sobrenome, telefone ou MSN.
Ok, a menina deve me achar um cretino, não tiro a razão dela. Mas é aqui que está o espírito do post, galera. O que passou na minha cabeça enquanto observava a mina toda empanquecada na minha cama. E vou ser sincero de verdade, assim, fiquei apavorado. Aqueles dez minutos que fiquei pensando, sentindo o perfume dela, estava num conflito feroz: peço seu telefone ou não? Eu poderia muito bem pedir e não ligar, aliás, quantas vezes não fiz isso? Mas não achei justo... deixá-la esperando por um retardado como eu ligar. Por que o medo? Porque aquela curiosidade dela entrou em mim, enquanto conversávamos, mais eu queria saber, quanto mais ríamos, mais eu queria contar outra piada, ouvir outro caso engraçado, eu a queria mais e de um jeito que eu nunca quis outra pessoa e cá entre nós, isso é APAVORANTE. Eu sabia que se ela me desse o telefone certo, mulher é cheia de passar uns três números trocados, eu ligaria de verdade, naquela noite mesmo e ia querer conversar mais e mais com ela, passar mais uma noite como aquela, ouvir mais da risada estranha que ela dava e ver mais curiosidade naqueles olhos castanhos borrados. E talvez, aquele fosse o fim do meu mundo maluco, do meu mundo desregrado e boêmio, das outras mulheres todas e naquele momento, velando o sono satisfeito daquela menina divertida, eu não conseguia admitir isso. Por isso a deixei ir. Por medo.
Eu hein, que post estranho! Mas é isso galera, um outro dia desses eu escrevo mais besteiras para vocês rirem. Se pans, pensarem....
César
Bate papo com mulheres
Um dia de chuva é tão belo como um dia de sol. Ambos existem; cada um como é
" Hoje Eu Queria Que Chovesse Muito..."
Hoje eu queria que chovesse muito...
- que chovesse...chovesse...intermitentemente,
e tudo se entristecesse: o céu, a terra, o mar...
- e não houvesse alvorada, e não houvesse poente
e não fizesse sol...e não fizesse luar...
Hoje eu queria que chovesse muito
e a terra toda se enchesse de densas neblinas,
e a terra toda se enchesse de estranhas sombras e véus...
- queria turvo o olhar alegre e transparente
das vidraças,
e turvo e triste o olhar sereno e azul dos céus!
Hoje eu queria que chovesse muito...
- que chovesse...chovesse
e não parasse,
e na face
de tudo que vivesse,
uma imensa tristeza se estampasse...
- hoje eu queria que o sol não nascesse,
e a noite, nem uma estrela cintilasse!
Queria as ruas úmidas e silenciosas, e as árvores
como sombras, à beira das calçadas,
encolhidas e embuçadas,
nas roupagens molhadas das ramagens frias...
- queria o sussurro da chuva surdinando
e a ária exótica das goteiras, pingando... pingando
nas latas vazias...
Hoje eu queria que chovesse muito...
(que bem que à alma da gente a chuva às vezes faz!)
- e o dia se escurecesse, e a noite se nublasse,
e que tudo ao redor que vivesse ou passasse
fosse um gesto de paz...
Queria abrir a janela e ver tudo embaciado,
os contornos das coisas desaparecendo
e fugindo
como se a paisagem fosse uma lembrança
esquecida
no passado,
aparecendo esbatida
dentro da chuva caindo!
Hoje eu queria que chovesse muito!
Às vezes a chuva faz-nos tanto bem...
- Quem sabe se não há na alma triste da chuva
um pouco da alma e da música triste de Chopin ?
Ouvindo, noite a fora, além, pelos telhados,
seus monótonos sons, impassíveis,
soturnos,
é como se assistisse em estranhos teclados
dedos nervosos e invisíveis
improvisando "noturnos"!
Hoje eu queria que chovesse muito,
queria a paz, o silêncio, a solidão
de um inviolável recolhimento,
ouvindo a chuva cair... tão doce a sua canção!
- tão bom a gente dormir com a chuva no pensamento!
Hoje eu queria que chovesse muito,
e que dentro da chuva tudo perdesse a cor,
a se esvair...
- não é que eu hoje sofra alguma dor
ou procure esquecer qualquer teimosa mágoa,
não sei o que é - mas bem quisera ouvir
distante... numa lata do quintal
a ária singela e musical
de um pingo d'água!
Queria tudo assim, tudo turvo, tudo baço,
tudo vago
a terra, o mar, o espaço,
a montanha, o rio, o lago,
tudo nublado
tudo assim...
- não sei porque, talvez falte um ambiente adequado
para o meu esplim...
.......................................................................................
Esse dia de sol me faz mal e entontece,
e esta festa de luz e de cores, parece
que zomba e que escarnece
da angústia sem razão que sinto e ninguém vê...
Hoje eu queria que chovesse muito,
(queria porque queria!)
- toda hora, todo o dia...
não sei por quê...
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